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MEMPHIS

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O estilo Memphis apareceu nos anos 80 com os desenhos sóbrios e racionais predominantes do século XX. O seu exponencial máximo foi atingido com Ettore Sottsass, o fundador do movimento em 1981: “Uma mesa pode necessitar de quatro pernas para funcionar, mas ninguém disse que as quatro tinham de ser iguais” disse Sottsass.


Num século em que a modernidade impõe ao design uma certa austeridade, os móveis e objectos de Sottsass criaram uma espécie de chamamento aos desenhadores para que se deixassem levar pela sua imaginação, questionando as ideias preconcebidas do que então se conhecia como “bom gosto”.

 

Os designers audazes que seguiriam esta tendência quebraram com os esquemas de cores e formas: eram inesperados e totalmente independentes da sua função. Uma corrente que não deixava ninguém indiferente: ou era amada por todos ou odiada. Algo que acontece com aquele que quebra as regras e consensos. Pretendia, definitivamente, não deixar ninguém indiferente.

Este estilo assenta em duas bases:

Por um lado, as figuras geométricas: cubos, esferas ou cilindros; utilizados de uma forma assimétrica, retorcendo as formas originais até criar objectos pouco correntes.

E por outro lado cores absolutas: amarelo, azul, verde, vermelho, estampados como o padrão de leopardo ou zebra… cores berrantes, extravagantes, que provocam aquela que era a principal intenção do movimento: despertar de emoções. Põe um fim aos tons naturais e ao preto, predominantes da primeira escola de design do século XX: Bauhaus, uma escola que defendia a funcionalidade e artesanato industrial.

Nele, desaparecem as fronteiras entre a arte e a indústria, o barato e o caro; o popular e o culto. A preferência reside na mistura do impossível.

Em suma, deixa a imaginação voar e dá forma e cor inesperados para tentar alcançar uma nova visão dos objectos comuns do dia-a-dia.

 

Este estilo regressa em força com novos desenhos e materiais para decorar as nossas casas. Para utilizá-lo hoje em dia na nossa casa: fuja das peças fabricadas em cadeia e da influência nórdica em tons pastel. Decore com objectos extravagantes para deixar o rasto desta corrente inconformista, em cada esquina da casa. Papel de parede original, a mistura de peças clássicas com outras contemporâneas, madeira com espelho e aço, cores vibrantes, cilindros com cubos, objectos que tenham uma função mas que a sua forma indique outro uso...Vale tudo.

 

Um exemplo da influência Memphis na decoração de interiores actual é o Aparador de Miriam Alía Mateo na exposição de Casa Decor 2016: superfícies decoradas com grandes formas geométricas, cores extravagantes, objectos inesperados...

 

Source: http://casadecor.es/http://www.houzz.eshttp://marzua.blogspot.com.es